OS ENCONTROS DOS POBRES...
...Quando ainda existiam os "Encontros de
Música Contemporânea" na Gulbenkian, músicos como o Jorge Peixinho,
Filipe Pires ou Cândido Lima, tocavam (quando convidados a
participarem!!!!), numa barraca do Teatro A Barraca, ao lado da
Gulbenkian; já o Emmanuel Nunes, tinha tudo o que queria e era
interpretado pelos melhores músicos no Grande Auditório; agora é o Rui
Neves, como organizador do Jazz em Agosto, que mete os músicos portugueses (que são infinitamente melhores que a maior parte das merdas que ele tráz cá com DJ´s noruegueses e outras merdas), a tocarem em bares e
clubes do Bairro Alto; por exemplo, no último Jazz em Agosto, tocou o
Sunny Murray, a abrir o Festival, e não só fez questão de dedicar o seu
concerto ao Jorge Lima Barreto, como me convidou para com ele tocar
nesse concerto de abertura; a resposta (supostamente da direcção da
Gulbenkian) foi: "A Gulbenkian não vê com bons olhos um artista tocar
num Festival deste prestígio sem estar anunciado"; ora, eu gostava de
saber duas coisas: 1. Qual é o País que em vez de ficar elogiado por um
músico do prestígio do Sunny Murray, querer tocar com um músico desse
País, recusaria isso?; 2. Se o Murray, tivesse convidado o Keih Jarrett
para tocar com ele, a Gulbenkian também diria: "A Gulbenkian não vê com
bons olhos um artista tocar num Festival deste prestígio sem estar
anunciado"????...
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