segunda-feira, 3 de setembro de 2012

OS ENCONTROS DOS POBRES...

 OS ENCONTROS DOS POBRES...

...Quando ainda existiam os "Encontros de Música Contemporânea" na Gulbenkian, músicos como o Jorge Peixinho, Filipe Pires ou Cândido Lima, tocavam (quando convidados a participarem!!!!), numa barraca do Teatro A Barraca, ao lado da Gulbenkian; já o Emmanuel Nunes, tinha tudo o que queria e era interpretado pelos melhores músicos no Grande Auditório; agora é o Rui Neves, como organizador do Jazz em Agosto, que mete os músicos portugueses (que são infinitamente melhores que a maior parte das merdas que ele tráz cá com DJ´s noruegueses e outras merdas), a tocarem em bares e clubes do Bairro Alto; por exemplo, no último Jazz em Agosto, tocou o Sunny Murray, a abrir o Festival, e não só fez questão de dedicar o seu concerto ao Jorge Lima Barreto, como me convidou para com ele tocar nesse concerto de abertura; a resposta (supostamente da direcção da Gulbenkian) foi: "A Gulbenkian não vê com bons olhos um artista tocar num Festival deste prestígio sem estar anunciado"; ora, eu gostava de saber duas coisas: 1. Qual é o País que em vez de ficar elogiado por um músico do prestígio do Sunny Murray, querer tocar com um músico desse País, recusaria isso?; 2. Se o Murray, tivesse convidado o Keih Jarrett para tocar com ele, a Gulbenkian também diria: "A Gulbenkian não vê com bons olhos um artista tocar num Festival deste prestígio sem estar anunciado"????...


Sem comentários:

Enviar um comentário