sexta-feira, 31 de agosto de 2012

É A DISKETE!

É A DISKETE!

...um dia, quando abriu o Centro Comercial Colombo, eu, o Jorge e o nosso amigo e músico Gonçalo Falcão, fomos lá para fazer uma visita; iamos andando e de repente vimos uma loja de instrumentos musicais, assim pró chique e logo na entrada, tinha um enorme sintetizador da Korg; entramos e eu e o Gonçalo fomos logo para o sintetizador, sob o olhar pidesco do empregado que estava ao balcão (cá em Portugal é ou era assim, nas lojas de instrumentos); comecei a olhr para o sintetizador com centenas de botões, e vi um que dizia "Caravan" e pressionei-o; começou a tocar uma versão do Caravan de Duke Ellington e Juan Tizol; e era fantástico; e o Gonçalo também carregava em alguns botões e fazíamos breacks; alterações de instrumentos; tímbres; acelerávamos e atrásavamos o ritmo; mudávamos de tonalidade; e o Jorge ia olhando atrás parado e a pensar "Mas isto é o instrumento ideal para mim"; de repente, chegou-se à frente e disse "Agora deixem-me ver eu"; e, no meio daquela centena de botões, carregou num, e o som frizou; ficou a dar uma só nota muito alta, aguda, contínua; eu e o Gonçalo começamos logo a sair da loja a rirmo-nos, enquanto o Jorge, olhava para o empregado que já se tinha levantado da cadeira atrás do balcão e dirigia-se para o sintetizador; e o Jorge começa a sair a fugir, e a dizer para o Gonçalo "Sabe Gonçalo... É a diskete", e fazia um gesto com o dedo indicador a andar à roda...

LOOK EVAN: A STONE!

LOOK EVAN: A STONE!

...os Telectu sempre tocaram com os maiores nomes da música improvisada; entre eles destaca-se o Evan Parker; quando veio tocar connosco, pediu que queria provar um prato típico português; então pensamos em levá-lo ao Saraiva em Nafarros, para comer um cozido à portuguesa; como nem eu, nem o Jorge tinhamos carta, pedimos ao amigo e músico, Gonçalo Falcão, para o levarmos; era um sábado solarengo de manhã; eu ia à frente ao lado do Gonçalo e o Jorge atrás com o Evan; partimos; pouco tempo depois ouve-se o Jorge a dizer para nós: "Então não falam com ele?"; e eu dizia: "Está um dia bonito... Deixa-o usufruir da vista"; mais um minuto de silêncio e o Jorge: "Ó Gonçalo, diga qualquer coisa ao homem!!!"; o Gonçalo ria-se e dizia: "Tanha calma Jorge... Está tudo bem"; passados mais uns 5 minutos: "Ai não falam com ele é? Ele vai pensar que nós somos atrasados mentais"; de referir, que durante todo eswte período, estamos a falar entre nós em português; ou seja: o Evan só via um gajo a dirigir-se zangado a nós os dois algo do tipo: "Vrum tak zthng rchin"; e nós lá iamos dizendo ao Jorge para relaxar; Mas o Jorge insistia: "Eu nunca vi... Um gajo que tocou com o Lacy... E vocês parecem xonés"; e nós já a morrer de riso (também da ervita que tinhamos fumado antes de partir); muito mais tarde, depois de termos já passado Sintra, e já quase a chegar, e numa zona muito feia já perto do restaurante, diz o Jorge para nós: "Bem... vpcês não falam, falo eu"; e vira-se para o Evan e diz-lhe, enquanto apontava para uma pedra vulgar num campo sujo de terra: "Look Evan"... E o Evan "Yes?"; e o Jorge: "Look Evan: a stone!"... E o pobre do Evan olhava a tentar perceber olhando para uma pedra na terra suja, e dizia a tentar fazer que entendia: "ohhhhhhh...Yes... I see..."...

PALACETE & ERVA

PALACETE & ERVA


...eu já fumei em todo lado erva; até na assembleia da república; um dia fui convidado e a Ilda Teresa Castro pelo nosso grande amigo e maior escultor, o Rui Chafes, para um jantar num palacete, e com ilustres convidados: atistas plásticos, cineastas, músicos e políticos; entre esses, estava o Guterres; jantamos e eu apateceu-me uma ervita; saí por uma das portas e o corredor estava vazio; acendi
o charro; nesse preciso momento (iam servir a sobremesa), abriram-se todas as portas ao mesmo tempo, e fiquei ali com o charro na mão e uma fumarada, e todos a olharem para mim; e o Rui Chafes vem com o Guterres para mo apresentar; e eu, com o charro na mão esquerda atrás das costas e a cumprimentar o gajo com a mão direita, e o fumo a sair pelas minhas costas...

MUITA HUMIDADE!

 MUITA HUMIDADE!


...um dia, eu e o Jorge, tínhamos uma reunião na Gulbenkian-ACARTE, com a Drª Madalena Azeredo Perdigão, uma grande Senhora e de uma cultura enorme; fomos levados ao seu escritório, cumprimentou-nos e perguntou se queriamos algo; respondemos que não (o JLB tinha estado a comer rissóis, chamuças e bolos de bacalhau, com um copo de vinho tinto logo ao pequeno almoço); fomos falando sobre uma proposta de um Festival de Música Improvisada, até que de repente a Drª diz: "Esperem aí que vou buscar a minha agenda, para agendarmos as datas do Festival"; nesse momento que o JLB percebeu que ela saiu de vista, mandou um grande peido; mas de repente, ela volta para trás, e diz: "Afinal a agenda está aqui na secretária"; e senta-se de novo; nesse momento, um cheiro náuseabundo invadia toda a sala; o Jorge diz: "Está aqui um cheiro estranho não acha Srª Drª?"; e ela: "Muito estranho mesmo, nunca vi nada assim"; e diz o Jorge: "Creio que deve ter a ver com o cheiro a mofo destes quadros antigos"; e ela diz: "Mas esses quadros estão aí há décadas": e diz o Jorge: "Mas hoje está muita humidade"...

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

CAGUEI-ME TODO!

 CAGUEI-ME TODO!

...um dia o Jorge Lima Barreto, decidiu convidar para jantarem connosco, o grande jornalista Afonso Praça e o maior divulgador do Jazz, o Villas Boas; o nosso amigo pintor Palolo, também lá estava; iamos comer cabrito e enchidos de Vinhais; estávamos todos já à mesa a comer, quando tocaram à campaínha e o Jorge foi atender; nós continuamos na cozinha; quem tinha tocado à campainha era um amigo do Palolo e nosso, que era polícia (PSP) e que nos arranjava erva e haxe que apreendia aos putos, e os deixava ir sem os prender, mas ficáva-lhes com o stuff; então o Jorge teve uma ideia e disse ao polícia amigo: "Olha: lá dentro estão dois amigos nossos, e quero que tu dentro de 10 minutos entres na cozinha com a pistola na mão e assusta-os"; e voltou para a cozinha e disse que era engano; continuamos a comer até que de repente surge o bófia com a pistola na mão no momento em que o Jorge estava a fumar uma erva; e o Villas e o Praça olham para o bófia e nem querem acreditar; e o polícia diz virando-se para o Jorge: "O que é que o Senhor está a fumar?"; e logo o Villas Boas se levanta e diz: "Eu só vim aqui porque fui convidado e é a primeira vez que aqui venho e não sei o que é aquilo"; o polícia avança para o Jorge, pega no charro e começa a fumar; nós começamo-nos todos a rir para espanto geral dos nossos convidados; depois lá explicamos tudo; todos se riram; e diz o Villas: "Vocês desculpem-me, mas preciso de ir já à casa-de-banho, pois caguei-me todo"...

O GATO & O DRONE

 O GATO & O DRONE


...um dia eu e a Ilda fomos ao supermercado às Amoreiras; e eu tinha estado a gravar em casa no meu estúdio na Rua de São Marçal; cortei o volume do microfone, mas deixei a mesa de mistura ligada; e fomos; devemos ter demorado aí uma meia-hora, quarenta e cinco minutos; regressamos de táxi; quando saímos do táxi ouvi um som: um drone grave; e eu disse "Hey pá: hoje há vizinhos a ouvir música muito
avançada"; e, quando abri a porta de baixo do apartamento (eu vivia num segundo andar), reparo que afinal a música vem de dentro da minha casa; ainda a pensar quais dos vizinhos poderia estar a ouvir uma música tão avançada (moravam lá dois velhos que viriam a morrer pouco tempo depois, e um casal com um filho que ouviam era Tony Carreira); quando cheguei ao meu andar, vi a velha com as mãos na cabeça e, percebia-se pela boca, que estaria a gritar; mas nada se ouvia tal era o volume intenso do som (drone=som contínuo grave - neste caso); abri rapidamente a porta e entrei e reparei que o som vinha da minha aparelhagem: um dos gatos teria pisado no botão do micro e teria-o ligado e provocou um feedback; desliguei o botão e ficou um silêncio, só cortado por um grito angustiante da velha vizinha; ela não conseguia dizer nada além de gritar e ter as mãos na cabeça e eu ia a fechar a porta delicadamente, quando ela diz algo como: "Já chamei a polícia e os bombeiros"; fechei a porta, em total silêncio e ouço um carro da polícia lá fora; vou à janela e vejo sairem dois polícias e uma mulher polícia; tocam à minha campaínha e eu abro a porta; eles sobem e vão até ao meu andar e eu abro a porta; eles cumprimentam-me e dizem: "Cremos que terá havido aqui um problema com música alto"; e eu, com a velha a olhar para mim com ar de torturada, digo: "Pois senhores polícias, o que se passou foi que eu e a minha companheira fomos ao supermercado, e um dos meus gatos, pisou o botão do input, activando o microfone omnidireccional, fazendo causar um feedback que se transformou num drone de altura grave, e que provocou temporariamente, som"; eles, olham uns para os outros sem terem percebido patavina do que eu disse, e a mulher polícia diz-me: "Foi então um gato?"; e eu respondi "Sim"; de repente, desce as escadas o velho vizinho de cima e diz-me "O Senhor tem de dizer a verdade! Era um som horrível que fazia vibrar o prédio todo"; e a mulher chorava e gritava a confirmar as palavras do marido; e eu disse: "Mas foi o que eu acabei de dizer: o meu gato pisou inadvertidamente o botão do imput, activando o microfone omnidireccional, fazendo causar um feedback que se transformou num drone de altura grave, e que provocou temporariamente, som"; e o velho dizia "Mas qual drone qual carapuça! Aquilo era um som infernal!"; e eu repetia a história do gato e do drone; de repente um dos polícias, olha para os outros com um ar tipo: "Estes velhos são xonés, e deve ter havido um ruído qualquer e eles passaram-se e isto não é culpa deste senhor tão simpático e educado", e diz: "Bom, já está tudo resolvido e portanto vamos embora e tenha mais cuidado com o seu gato"; eu digo que sim e despeço-me sob o olhar espantado dos velhos que já nada conseguiam dizer; fecho a porta e vou para a janela da varanda e ouço os bófias a sairem a rir e a dizerem algo como "Percebeste alguma coisa do que o gajo dizia?"...

RAIOS LASER

 RAIOS LASER


...um dia, já há alguns anos, resolvi plantar uma ervita indoor no meu pequeno apartamento na Rua de São Marçal em Lisboa; meti os vasos juntos a uma pequena varanda; o gajo que foi lá a casa ajudar-me (era da Loja da Maria), disse-me: "E agora ligas as luzes 12 horas por dia e daqui a uns 3 meses já tens a erva"; e eu perguntei-lhe: "E se deixar 24 horas ligado?"; e ele: "Bom, assim gastas mais energia, mas tens a erva mais cedo"; assim fiz: 24 horas ligadas as luzes; as luzes eram fortíssimas! Eram tipo luzes de aeroporto! Um dia de Verão saí à noite; e quando estou a regressar a casa, vou a subir a minha rua e olho para o cimo da rua, e vejo um raio laser; e penso: "Olha que engraçado: deve haver ali uma festa"; e continuei a andar; conforme me ia aproximando, reparei que a luz era mesmo perto de minha casa; quando já estava mesmo perto de casa, reparo que o "raio laser", era nada mais, nada menos que as luzes da erva, que saíam por uma minúscula frincha da janela do meu apartamento, que um dos meus gatos abriu, ou tentou abrir...

UM CAFÉ DUPLO & UM BAGAÇO

UM CAFÉ DUPLO & UM BAGAÇO

...um dia o Nuno Rebelo, convidou-me para ir assistir a um concerto dos Mler Ife Dada a Coimbra; eu já me tinha afastado do rock, e portanto já não estava habituado a essas andanças: viagens de carrinha ou comboio; check sound chato; o jantar em grupo antes do concerto; etc..; até que lá foi o concerto que terminou muito tarde; depois convivio com as fãs; e finalmente, já pelas 04:00, resolvemos ir
dormir; a pensão era horrorosa; viamos pulgas a saltarem; e resolvemos que não ficariamos lá; fizemos as malas e resolvemos todos ir tomar o pequeno almoço antes de regressarmos a Lisboa; eu, e todos os outros músicos, estávamos de rastos; todos ressacados; então veio o empregado e começamos todos a pedir; eu pedi um galão e uma torrada; e os outros variaram entre sumo de laranja, galão, croissant, torradas, copo de leite e queques; até que chegou a vez de perguntar à Anabela Duarte (a única mulher presente), o que ela queria; ela pede: "Queria um café duplo, um bagaço e um maço de SG filtro"...

SE FOSSEM À VIDINHA

SE FOSSEM À VIDINHA

...um dia os GNR iam tocar a Coimbra para fazermos a primeira parte dos UHF; resolvemos dessa vez, em vez de ir o Alexandre a conduzir, contratar um motorista; ele era completamente louco; iamos a uma velocidade estonteante (naquela auto-estrada perigosíssima) e a realizar ultrapassagens mesmo à tangente; tanto à tangente, que uma delas, só no último segundo ele se desviou de um camião TIR, e mesmo assim ainda ficamos sem o retrovisor; então, o motorista, achou por bem relaxar-nos e resolveu começar a contar-nos a sua vida; no meio da história, diz ele: "Tás a ver, os meus velhotes são-te assim fixes, tás a ver? Eu adoro os meus velhotes, tás a ver? Mas, se fossem à vidinha, ficava assim com um BMW, tás a ver?"...

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

VÍTOR CALLE

 VÍTOR CALLE

...eu, como vocês já devem ter notado, sou danado para a brincadeira; mas o meu amigo e grande músico Alex Cortez não me fica atrás; um dia iamos tocar a espanha (Mark Louis & The Standards) e, eu estava em Montemor e eles iam-me lá buscar, pois eu estava a fazer música para a Vera Mantero; eles chegam de carrinha e mandam-me chamar; eles eram o alex, o nuno rebelo e o palitas e o mark tompkins; eu chego até à carrinha; despedidas para aqui e para ali com os bailarinos da Vera; e entre eles estava um que se chamava Páscal e era francês; o alex topou logo que o Páscal era guy; era daqueles que se nota; e então eu entro na carrinha e vamos a partir e diz o alex para mim: "Não queres antes ficar aqui com o PásCaldas?"... rimo-nos todos; entretanto chegamos a espanha (Toledo?), e começamos a tirar os instrumentos da carrinha para o clube; e de repente diz-me o alex: "Ó Rua, já vistes os posters do nosso concerto por toda a cidade?"; e eu perguntei excitado "Onde?"; e ele: "Olha ali um"; e eu fui ver, e dizia os nossos nomes e os instrumentos que tocávamos; mas no meu caso dizia: Guitarra: Vítor Calle !!!... e eu: "Mas que é esta merda?"... e eles todos cagaram-se a rir, pois tinha sido o Alex que tinha enviado assim o meu nome de propósito; no final do concerto que foi excepcional e estava cheio, no final, as pessoas só vinham ter comigo e diziam: "Boa Calle"; Mui Buenno Calle"; Fantástico Calle"; e aí, fui eu que me ri: eles só sabiam dizer o meu nome!...

GNR ENTALADO

 GNR ENTALADO

...uma vez, com os GNR, tinhamos de dar um concerto no Algarve pelas 23h, e depois partirmos de madrugada para irmos dar um concerto no Norte (tipo Sernancelhe); depois do concerto eu e o alexandre, ficamos com umas fãs, e o toli e os roadies ficaram à espera na carrinha, pois não podiam partir, pois era o Alexandre o conductor; digamos que chegamos tarde à carrinha e eles chateados connosco; especialmente o toli; quando estávamos a chegar havia uma feira e imensa gente nas estreitas ruas; e nós com urgência pois já estávamos atrasados; a determinada altura olho pela janela e vejo um guarda da GNR a ser esmagado por nós de encontro ao jeep da GNR; a cara dele colada ao vidro da janela e aos gritos; aí o Toli diz "Acelera e pira daqui; e assim foi; nem olhamos para trás; começa o concerto e estamos a tocar e vemos 6 GNR´s a entrarem pelo palco acima; nem queriamos acreditar; eles iam prender-nos ou assim; mas de repente, o público ao ver os GNR´s julga que é uma cena combinada e ficam ao rubro aos gritos e a baterem palmas; e os GNR ficam confusos; é então que entra o organizador que lhes pede imensa desculpa por tudo e eles saem do palco com o público a gritar e a bater palmas; livramo-nos de boa...

QUIM PRETO

 QUIM PRETO

...em Francos, no Porto, havia um Bairro onde eu comprava a erva em 1980/81; e o nome do meu dealer era "Quim Preto"; mas era branco! ele vendia pacotes de 50 e 100 escudos; eu comprava-lhe sacos de 60 contos! um dia, muitos anos mais tarde, regressei a Francos e precisava de erva e fui ao bar do Quim Preto e em vez dele no balcão estava outro dealer meu, o Quim Válvulas (que morreu pouco depois, ao
cair de um prédio numas obras); cumprimentamo-nos e eu perguntei pelo Quim Preto; e diz-me ele: "O Quim Preto morreu de overdose... Foi um milagre Rua"... e eu fiquei a olhar para o gajo a ver se entendia o que ele me tinha dito e perguntei-lhe: "Um milagre ele ter morrido de overdose?"; e ele: "Não, Rua! Ele depois de morrer ficou todo preto! Foi um milagre, Rua!"...

POÇA PRÓ TANGO!

 POÇA PRÓ TANGO!

...estava eu a passear pela Ribeira no Porto, calmamente andando pelo passeio, quando ao ver uma mulher (peixeira) a vir na minha direcção, tentei ir para o lado; mas ela também foi; e eu desviei-me de novo; mas ela também se desviou e de novo para o meu lado; e ambos nos desviamos de novo mas sempre de encontro um com o outro; então ela olha para mim e diz-me chateada: "Poça pró tango" !!!...

terça-feira, 28 de agosto de 2012

LÍNGUA & OSSO

 LÍNGUA & OSSO

..uma vez estive a viver na Ribeira no Porto a trabalhar para um filme do Edgar Pêra; estava eu a almoçar numa tasca na ribeira e assisti a uma conversa entre uma (muito provável) prostituta e o seu (presumível) chulo; depois de ele ter dito uma coisa absolutamente idiota a ela, ela vira-se para ele e diz-lhe: "Como a língua não tem osso, tu leva-la para onde queres"...

sábado, 25 de agosto de 2012

TAXISTAS & DEMOCRACIA

TAXISTAS & DEMOCRACIA

...quando me dizem que os portugueses ladram muito mas não mordem, faz-me lembrar o caso dos taxistas andarem todos sempre com a porta esquerda de trás fechada e portanto não se pode sair por essa porta; o que faz que em caso de acidente ou incêndio, não se possa sair; ou seja: estamos perante uma ilegalidade e que pode sair cara; a minha questão é simples: alguém protesta com os taxistas sobre esse assunto? alguém tenta mudar essa posição perigosa? assim, eu penso: quando se resolver esse problema dos taxistas, só então, devemos estar preparados conscientemente, para votarmos e participarmos na efectiva participação democrática...

O MUNDO VAI TERMINAR EM 2012

 O MUNDO VAI TERMINAR EM 2012

...muitas pessoas me questionam "Rua, acha que o Mundo vai terminar em 21 de Dezembro de 2012?", ao que eu respondo "Vai". E vai porquê? Vai, porque temos de imaginar uma espécie de EMEL gigantesca, controladora de estacionamento de Planetas; ora o Planeta Terra, só pagou a senha até 21 de Dezembro de 2012; mais exactamente, pelas 20 horas (que a partir daí já não pagam os moradores); assim, nesse dia, a essa hora, o Planeta Terra deixará de existir, pois será rebocado pelos funcionários da tal EMEL gigantesca, para uma galáxia afastada, governada por uma estrela anã...

É A MÚSICA UMA LINGUAGEM? E UNIVERSAL?

 É A MÚSICA UMA LINGUAGEM? E UNIVERSAL?

...a música não é uma "linguagem" - não se pode dizer "Tráz-me um copo de água" - e, há quem defenda que não é universal; porque - dizem - o que é música para uns não o é para outros; mas isso, não é o que acontece grande parte das vezes, entre gerações diferentes? os pais não acharem música o que os filhos ouvem? e se um aborígene ouvir uma ópera de wagner, e não reconhecer isso como música, prova mesmo que a música não é universal? ou prova somente que determinada pessoa, tem de lhe ser dado a conhecer primeiro, a cultura e sociedade, onde esta foi criada, para depois enformar como música o que acabou de presenciar? e, pelo facto de certos povos - tribos -, não possuirem o termo "música", ou sequer o "conceito" de música, é prova da não-universalidade da música? é que esses povos, não têm também o "conceito" ou "termo" de "porta-traseira", no entanto as suas habitações têm uma entrada principal (porta-da-frente) e uma saída atrás (porta-traseira). eu argumento que música é pertença de todo o ser humano, de certos animais não-humanos e da própria Natureza e Cosmos, mas isto sou eu...

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

BENZOVAC

BENZOVAC

...Em 1980, chegaram dois amigos brasileiros do alexandre e encontramo-nos antes de um concerto dos GNR no Algarve; eles dizem-nos: "Aqui há Popper´s?"... E nós não faziamos ideia do que falavam; e eles dizem: "Pode ser substítuido por aquele líquido que se usa para tirar nódoas; aí eu disse: "Vamos à drogaria do Sr. Manuel"... e fomos... chegados lá perguntei: "Ó Sr. Manuel como se chama aquele l
íquido para tirar nódoas?"... e ele: "Depende... há a benzina, o benzovac e a droximina; olhamos para os amigos brasileiros e eles nada... Então eu disse: "Sabe Sr. Manuel, estes dois amigos são brasileiros e não sabem o nome do produto em português... Mas reconhecem pelo cheiro"... e o Sr. Manuel: "Reconhecem pelo cheiro?... Nem eu reconheço pelo cheiro"... e eu disse: "Mas eles sim quer ver?"... e estavam três bidões: cada um com uma coisa diferente; e um deles abriu o primeiro bidão e começou a snifar "SNIFFFFFFFF"... e dizia: "Não é este"... abria outro sob o olhar espantado do Sr. Manuel, e snifava "SNIFFFFF" e diz: "É esteeeeeeeeeeee"... e o Sr. Manuel pega num frasco tipo dos de álcool e pergunta: "Querem levar quanto?"...e nós olhamos para aquele frasco pequenino e para o bidão e eu disse: "Levamos o bidão"... aí o Sr. Manuel olha para mim e pergunta: "Que nódoa é que vocês querem tirar?"... Metemos o bidão na mala do carro e fomos todos para a Taberna 2000 no Foco/ Porto, e dissemos a todos que tinhamos uma droga fantástica; era tudo a sair do clube e a ir ao nosso carro e a meterem lenços no bidão e tudo a snifar e a cair na relva; passamos assim a noite toda; às 06:00 fomos meter os instrumentos na carrinha e partimos para o Algarve em directa e todos fodidos de benzovac; o meu corpo era todo ele benzina: cheirava, sabia e parecia que o que corria no meu sangue era benzina; mas partimos começamos a sentir-nos horrivelmente; que iamos morrer todos... Que nunca mais me drogaria na vida se me salvasse dessa; até que começamos a vomitar; e riamo-nos porque eu vomitei na janela da frente ao mesmo tempo que o Megre vomitava na de trás e apanhou com o meu vómito; ao chegar a Coimbra tive uma ideia: beber leite !!!! estávamos intoxicados e bebendo leite passaria; fomos a uma tasca e devemos ter pedido uns 200 copos de leite para os quatro; partimos a sentirmo-nos cada vez melhor; tinha sido uma boa ideia que - provavelmente - nos salvou a vida; chegamos ao concerto e era numa praça de touros e o camarim era na relva ao lado da praça; fui à carrinha e pedi ao nosso roadie para me preparar uma linha de coca para antes do concerto; antes do concerto fui lá e perguntei: "Fizeste a linha?"...e ele diz: "Está aí em cima do tabelier"...eu olho e snifo tudo... e diz o gajo: "ISSO ERA PARANÓS OS CINCO!!!!!!! A TUA ERA SÓ A DE BAIXO!!!!!"... já era tarde... já nem o ouvia; era tipo ecos; o que aconteceu é que eles anunciam: "E agora os GNR!!!" e o Tóli começa a tocar e ninguém sabia onde eu estava... até que olham e topam um gajo a subir e a descer as escadas da praça... era eu!!! a gastar energias; depois dei o concerto a speedar e quando acabou e ia a mijar, pareceu-me ter mijado verde fluorescente; ao chegar fui ao médico de família; ele pergunta: "Então que o trás aqui?"... e eu nada... e ele: "Tudo bem com os intestinos?" e eu dizia que sim... e ele "E o estômago?" e eu ok... e ele: "Dores de cabeça?" e eu "não"... e ele: "Falta de apetite?" e eu "Não"... até que el olha para mim e pergunta: "Entaõ que se passa?"... e eu digo: "Sr. Doutor: eu urinei verde fluorescente"... o gajo olha para mim, tira os óculos e diz-me: "Ouça amigo: isso não existe!"... e já nem me deixou sair da clínica: fiquei lá internado uma semana a fazer dieta...

TELECTU & O AUTOCOLANTE

TELECTU & O AUTOCOLANTE

...um dia os telectu iam dar dois concertos ao ccb em duas noites consecutivas; na primeira noite estávamos no camarim a fumar uma ervita com amigos quando vieram dizer para irmos tocar; saimos da sala despedindo-nos dos amigos e ao passar pelo corredor um desses amigos deu-me uma coisa para a mão "Rua: olha isto!"... eu olhei e vi que era um autocolante qualquer tipo "Salvem as baleias"... e eu não tinha bolsos e faltavam dois segundos para entrar em palco; tirei o papel e colei o autocolante na guitarra de 12 cordas acústica; entrei e reparei ao ir tocar que o técnico de som meteu os microfones mais baixos do que o que devia e eu tinha de me agachar para tocar; estava a tocar passados uns 25 minutos e reparei no autocolante; resolvi encostar a guitarra com a parte do autocolante no microfone e comecei a descolar o autocolante devagar e o som era impressionate belo com a reverberação da sala; depois amachuquei ao microfone o autocolante e o som era também belo e surprendente; e depois voltei a tocar guitarra e tive palmas como se de um solo de tivesse tratado; no dia seguinte quis recriar o que tinha sucedido por acaso; saí e fui comprar um autocolante à baixa; comprei e antes de entrar para o palco colei o autocolante na guitarra; no meio do concerto encostei a guitarra ao microfone e comecei a retirar o autocolante; nem um som...nada...zero... o autocolante era de um material que não produzia nenhum som... nickles!!!... tentei então amachucar o autocolante e... nada!... nenhum som... envergonhado voltei a tocar guitarra... a lição foi: "Nunca repitas numa improvisação total"... por vezes aprende-se mais com os erros...

TELECTU NA BIENAL DE CERVEIRA 1986

 TELECTU NA BIENAL DE CERVEIRA 1986

...os telectu foram - em 1986 - mais uma vez, convidados para irem actuar à bienal de cerveira, pelo pintor jaime isidoro; este era uma pessoa extraordinária, mas que não percebia, nem tinha de perceber, de electrónica; mal chegamos ao sítio do concerto carregados de sintetizadores e guitarras e mesas de mistura, o jaime veio cumprimentar-nos; todos nos abraçamos e eu perguntei-lhe "onde montamos
a aparelhagem", ao que ele respondeu "em qualquer lado"; e eu dizia "mas onde está o p.a.", e ele insistia "montem onde quiserem"; e eu disse-lhe "mas jaime, para actuarmos precisamos de electricidade e do sistema de amplificação: onde está ele?"; e o jaime olhava para mim e dizia "vocês actuem onde quiserem e sei que vão arranjar uma solução; e foi-se embora; e ficamos a olhar para uma tenda enorma cheia de pinturas e esculturas, mas sem electricidade e sem aparelhagem de som; depois de alguma conversa decidimos ficar a dormir na linda pousada de caminha e não tocariamos pois não havia aparelhagem; passaríamos umas pequenas férias lá; saímos da tensa com os instrumentos nas mãos a pé; iamos a andar pela rua quando eu vejo parar num jardim em frente uma carrinha em que se via escrito "Grupo H2O"; virei-me para os outros e disse "Esperem aí um minuto que eu quero ver uma coisa; olhei para a carrinha que tinha parado e desta sairam dois homens (pai e filho vim a saber depois); começaram a tirar colunas e depois uma mesa de mistura; ao ver aquilo disse ao jorge "podemos pedir para tocar naquela aparelhagem, que dizes?"; e o jorge disse que sim; fui até o homem mais velho e comecei a operação de charme "eu fui dos gnr e somos os telectu e iamos tocar aqui mas não há aparelhagem, será que podiamos usar a vossa?"; e ele diz que sim; que é um grande admirador dos telectu; ele próprio também já foi músico; começamos então a montar os instrumentos; fomos buscar mesas e cadeiras de plástico numa esplanada em frente e como já era noite o rui azul (que tocava sax nessa noite connosco) ligou as luzes do automóvel dele para nós para termos luz; chegada a hora do concerto, começamos a tocar; estava tudo normal quando um minuto depois o som dos nossos instrumentos baixa de volume e começa a ouvir-se o homem pai a dizer ao microfone (usando a nossa música como fundo para o seu anúncio e mexendo no nosso volume como se estivesse numa emissão de rádio em que quando fala baixa o volume à música): "Hoje, pelas 21 horas, o agrupamento intelectu, abrilhantado pelo grupo H2O nos raios laser"... nós iamos morrendo de riso (eu e o azul), enquanto o jorge olhava para o homem com ar fulminante...

TELECTU NA CHINA

TELECTU NA CHINA

#01 - o "subsídio de cachet"

...fomos à China através do nosso amigo @António Duarte; fomos lá tocar; tocamos - por exemplo - no maior clube de jazz de hong kong; tocamos num show multimédia na casa de macau; mas o que o antónio duarte nos arranjou foi uma coisa única: sermos os primeiros ocidentais a gravar na China Record Company; mas era necessário dinheiro para as viagens de

Macau para Pequim; fomos falar com o presidente do instituto cultural de macau; já não me recordo se falamos com o Monjardino ou com o joão amorim; o que importa é a determinada altura o presidente diz: "Nós não temos cachet para os Telectu"... e o Jorge olha para ele e diz-lhe: "Mas nós não vimos aqui pedir-lhe cachet nenhum!"... e ele: "Então o que pretendem?"...e o Jorge: "O que nós estamos a pedir, não é um cachet porque isso sabemos que vocês não podem dar; o que nós queremos é apenas um "subsídio de cachet" !!!... e ele olha para o jorge e pergunta: "Um subsídio de cachet? O que é isso?"...e o jorge diz: "O nosso cachet seriam uns mil contos; ora nós só lhe vamos pedir trezentos contos; logo, o que estamos a pedir-lhe é apenas um "subsídio de cachet"... o gajo riu-se e deu-nos o "subsídio de cachet"...

#02 - JLB - Ben Hur

...mal chegamos a Pequim vimos que aquilo era uma loucura de fantástico... e a primeira coisa que queremos fazer é andar de bicicleta... "para curtirmos"... bom, alugamos as bicicletas ainda longe do centro e portanto quase sem transito nenhum; e lá fomos... mas o jorge andava muito mal de bicicleta; mesmo muito mal; e lá fomos... cada vez mais gente... mais bicicletas, automóveis, motas, tudo... de repente não sabíamos do jorge... até que olhamos para trás e viamos um molhe de chineses à volta do jorge a rirem-se e este - o jorge - a dar pontapés e a deitar abaixo os chineses, tipo Ben Hur... entretanto passa um táxi e ele raspa com o pedal na porta do táxi e fica sem pedal... aquilo era uma loucura; não era "brincadeira" nenhuma!!!... andar de bicicleta em que se está parado num sinal ao lado de umas 10 mil bicicletas e olha-se para o outro lado da ru e vemos mais umas 20 mil bicicletas e saber que vamos ter de passar por elas... bem... mas eu fumado fazia tudo altamente concentrado...

#03 - o maior Mc Donald´s do Mundo

No dia em que íamos gravar, abria o maior mcdonalds do mundo em pequim; estávamos a ver na TV e um casal de chinês a quem lhe perguntaram o que achoavam, ele respondeu: "Para um restaurante de luxo, até é acessível"...

#04 - a gravação

...chegamos 15 minutos atrasados aos estúdios da CCTV e quando chegamos estavam umas 14 pessoas sentadas à nossa espera; tivemos de pedir desculpa... que tinha sido o trânsito... ninguém falava inglês mais do que "yes", "no" e "ok"... mas tinham todos os instrumentos que tínhamos pedido: Rolands Jupiters 8, piano de cauda e até uma bicicleta que o jorge tinha pedido por causa de usar a campainha; mal viram o piano preparado do jorge, convidaram alunos do conservatório para irem lá ver; entretanto conforme não eram precisos, eles iam retirando-se; até que quando se terminou de gravar e se foi para as misturas ficou só um deles: o técnico principal; e o que aconteceu foi mágico!!!... como explicarmos a alguém que não fala nada inglês a complexidade daquilo que pretendíamos? eram umas 24 pistas cheias de bandas magnéticas, sons, sintetizadores, guitarras electrónicas, computadores de ritmo... eu proponho ao jorge que se deixe o técnico fazer uma mistura por ele e no final explicávamos (ou tentávamos) o que pretendiamos; e o que se passou foi: elel - o técnico - a gravação ia andando e de repente eu pesva "Aqui baixava o som da banda magnética"... e mal pensava nisso, o gajo baixava a banda; depois eu pensava "Era melhor a guitarra do lado esquerdo e o piano do lado direito; e ele mudava!... e assim foi até ao final... ele parecia ouvir os meus pensamentos e ia realizando tudo como eu imaginava; no final não se mexeu em NADA!!... ficou tudo como ele fez... extraordinário!!!...

#05 - a cerimónia & os pombos & a voz do Mao

...tivemos a sorte de assistir e gravar um ritual que já não se efectuava a mais de 50 anos; e entra no disco; como entra o som gravado no tempo do Imperador dos pombos com assobios presos nas caudas e ao voarem produzem clusters de notas; já a voz do Mao tivemos de retirar depois de muitas reuniões do antónio duarte com eles; aliás o disco não saia porque eles não achavam bem o nome do disco; e nós estranhávamos porque o nome era "Biombos" !!! que mal tinha um cd chamar-se Biombos???... depois de muitos meses percebeu-se o problema: o tradutor de macau traduziu biombos de português para nglês e ficou "screens"; de inglês passou de novo a macaense; e depois para Mandarim; e em Mandarin tinha ficado algo como "Estrangulamento"... foi "screen"--- "algo que corta o ar"--- "estrangular"... a voz do Mao tivemos de tirar e nunca se soube bem porquê...

TELECTU NO MUSEU GRÃO VASCO

TELECTU NO MUSEU GRÃO VASCO

A primeira coisa que aconteceu é que eles tinham montado o P.A. no meio de uma sala; ou seja, as pessoas que estivessem ao nosso lado ou atrás de nós não ouviam... Conclusão: o Jorge mandou alterar tudo, a dizer: "Isto assim, é uma imbecilidade"... Eles, fodidos, lá mudaram o P.A.; depois o Jorge exigiu que queria os quadros todos do Columbano na nossa sala... Foi a loucura!!!... que não era possível... os quadros estavam no seguro!!... E o Jorge foi até um dos quadros, pegou nele - com tida a gente em transe a olhar - e disse: "É só pegar neles e levar lá para baixo"; e assim foi; estava eu a montar a aparelhagem e reparei que os assitentes estavam fixadamente a olhar para mim; que seria?... eu a ligar os instrumentos, e eles a olharem para mim e a segredarem e a apontarem para mim; eu continuei a montar... Até que um deles se óculos redondos a la intelectual, ganha coragem e vem falar comigo e diz: "Posso interromper?"; e eu disse claro... E ele vira-se para mim e pergunta-me: "Você gosta dos IRON MADEN?... (Eu tinha vestido uma T-shirt dessa banda, cheia de caveiras e ossos...)... e eu de repente percebi o filme todo: "Eles estavama olhar não para mim, mas para a minha T-shirt, e estavam admirados, de eu - um intelectual - podia gostar de uma banda tão "foleira"; olhei para ele e fiz um ar muito espantado e disse: "Como, desculpe?"...e ele repete: "Gosta de Iron Maden?"... e eu com ar de confuso: "Gosto de quê?"... e ele: "Dos Iron Maden?"... e eu: "Não estou a perceber... está-me a perguntar se gosto de "Feito em ferro"???... O que é isso???"... e ele, aponta para a minha T-shirt e começa ele a explicar-me: "Essa T-shirt é de uma banda de heavy metal, blá blá blá..."; eu no final disse-lhe: "Ahhh... Obrigado pela informação; desconhecia isso; eu comprei esta T-shirt porque gostei dos desenhos... Pensava que fosse de uma banda desenhada"...E ele, pediu desculpa, e foi-se embora envergonhado por ter falado nos Iron Maden e por - julgar - que eu desconhecia por completo o grupo... Afinal. queriam dar-me uma "lição", e apanharam eles por levar uma. Demos um concerto brilhante,e no final resolvemos não dormir lá e regressar nessa noite num wolkswagen de um amigo nosso do Porto... Vinhamos fumadíssimos e a ouvir François Bayle no máximo quando por volta das 05h da manhã entramos no túnel do campo grande em CONTRAMÃO !!!!... e vinham dois carros a ocupar as duas faixas !!!! um táxi a ultrapassar outro carro !!!... o táxista ao ver aquilo acelera e consegue à justa passar o outro carro e só vejo o táxi a roçar a parede e o metal a faiscar... depois o meu colega que ia a guiar em vez de sair do túnel, resolve dentro do túnel fazer inversão de marcha !!!!!... durante uns 30 segundos estávamos de lado para a estrada; se viesse um carro, não nos veria pois estávamos na lomba logo na entrada e matáva.nos todos ali... Foram momentos de terror... em que fiz tanta força a fechar as minhas mãos que fiquei com marcas das unhas nas mãos!!!... Lá nos safamos... Deus protegeu-nos...


PORQUE SOFRO A VER POSTS DE MÚSICA NO FB !!!!

PORQUE SOFRO A VER POSTS DE MÚSICA NO FB !!!!

...isto para não falar dos posts de vídeos de música !!!!!!!... isso é um pagode... há os "eruditos" que postam o "Prelúdio para qualquer instrumento que desconhecem em qualquer merda menor, opus 12 que-não-fazem-ideia-do-que-siginifica e para orquestra da qual não sabem reconhecer um instrumento, e só sabem dizer "pifaro" e "pandeireta", interpr
etado pelo grande qualquer coisa que não sabem quem é, e pela orquestra filarmónica de um País que desconhece, da editora não sei quê; depois há os que metem todas as semanas o "Perfect Day" do Lou Reed mas a versão-pirosa-em-que-todos-cantam; depois há os que metem só o "Gosto de você Leãozinho"; depois há os que metem uma música qualquer e depois vão postando as sugestões que aparecem ao lado do vídeo no youtube; assim temos: Madonna, Madonna II, Madonna III... Madonna MVXXVII...

VAMPIROS BONS & MAUS

VAMPIROS BONS & MAUS


...eu gosto imenso destas novas séries de TV de vampiros, em que há "vampiros maus" e "vampiros bons"... elas (as gajas) quando aparece um vampiro mau é só: "Ai socorro... Salvem-me... Ai que horror"...quando aparece um vampiro bom é só: "Trinca-me todinha!!!!"...

GRANDES AMIGOS

 GRANDES AMIGOS


...um dia, tinha eu uns 3 anos ou 4, e os meus pais foram para Paris com os meus tios, e eu fiquei na casa de praia com as minhas tias e tios e irmãos; fiquei "doente", tipo gripe, e ligaram aos meus pais a contarem-lhes; vieram de volta imediatamente, preocupados; quando chegaram e foram ao meu quarto, eu acordei, olhei para eles e disse-lhes: "Olha os meus dois grandes amigos"; e eles choraram os dois; e eu fiquei logo bom...

TERRAMOTO DE 1969

 TERRAMOTO DE 1969


...quando houve o terramoto de 1969, eu andava na primeira ou segunda classe, e nesse dia ninguém foi à escola; depois nos dias seguintes, de manhã, ao acordar e depois do meu pai ir para o emprego, ia para a cama da minha mãe e ficava lá até ela dizer que era hora de eu ir para a escola e eu dizia: "Não quero ir... Tenho medo"... E a minha mãe deixáva-me ficar e eu não ia; e assim foi durante uns dias: eu só ia de tarde para a escola; um dia a Professora chega ao pé de mim e diz-me com voz de zangada: "Então o menino anda a faltar às aulas de manhã, porquê?"... e eu respondi com voz de 6 anos: "É que eu tive uma crise internacional de tosse"... ela riu-se e ligou para os meus pais a perguntar se eles sabiam da excepcional "doença" minha...