A DEALER MÃE
...no período dos GNR, eu vivia na Rua Airosa, no Porto, e comprava a erva no Bairro de Francos; era ao Quim Preto; o ritual era sempre o mesmo: entrávamos em casa dele à hora de jantar, e lá estavam o pai, a mãe, a avó e o irmão mais novo; e depois estavam sempre uns dealers à espera da parte deles; e ele, ia fazendo os negócios durante o jantar, perante o silêncio dos restantes familiares; uma vez ele esteve fora, mas disse-me: "Rua, tu podes vir a minha casa, que a minha mãe trata-te de tudo, ok?"; e eu disse ok; chegado o dia, lá fui eu a casa do Quim e toquei à porta; veio a mãe que perguntou: "O Quim não está. Que é que tu queres?"; e eu, a ver ali uma mãe, comecei a gaguejar e a enrolar a voz: "Bemmmm... Eu era mais... Para falar com o Quim sobre umas coisas"; e ela: "Mas afinal, quanto queres?", indo directa ao assunto; e eu disse-lhe: "Eram cinco contos"; e ela entra dentro de casa - deixando-me na porta - e regressa com um pedaço de erva; só que era um roubo total! Aquilo nem três contos eram! Mas que ia eu fazer? Ia virar-me para a mãe e dizer-lhe: "Ouça lá, você anda a micar na droga?"; não havia nada a fazer! Era mas é esperar que o Quim voltasse rapidamente, pois a mãe era uma dealer do pior...
E não era a única! Aqui na minha terrinha, há 20 e tal anos, uma mãe de um 'comerciante', também tratou de chamar a si a entrega das encomendas, já que o filho muitas vezes deixava sair mercadoria sem pagamento à vista.Diziam as más línguas, que em cada dez doses, ela surrava uma por conta própria...Verdade ou mentira, não sei, pois embora conheça muito bem a senhora, nunca assisti a nada.
ResponderEliminarMas que ela malhou com os ossos na penitenciária por 3 anos...
...Não há fumo sem fogo... Beijinhos Teresa B (y)
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