terça-feira, 25 de setembro de 2012

EL CAGÁLON

EL CAGÁLON

...o nosso amigo performer Manoel Barbosa, ia sempre, pelo menos uma vez por semana, ao estúdio dos Telectu; e o Jorge Lima Barreto, um dia para se meter com ele, pegou num livro de performance art, e meteu no índice a seguinte informação na letra "y": "Yeco, Miguel: "El Cagálon"; só isto, escrito a caneta de feltro; uma vez que o Barbosa lá foi jantar o Jorge começa a falar da pobreza da performance portuguesa, e que esta nem é citada nos livros de performance, com a excepção do Miguel Yeco; o Barbosa exclama: "O Miguel Yeco?"; e o Jorge mostra-lhe o livro e o índice; o Barbosa ri-se; muitos anos depois disto, um dia, aparece lá em casa o Miguel Yeco; é recebido pelo Jorge que lhe começa a mostrar a casa, os LP´s, a colecção de miniaturas de automóveis, e os livros; e não é que o Yeco no meio dos milhares de livros, pega naquele da performance? E que vê ele? "Yeco, Miguel: "El Cagálon"; olha espantado, e pergunta ao Jorge (que já nem se recordava que tinha escrito aquilo no livro): "Que significa isto?"; e responde-lhe o Jorge a inventar no momento: "Heeeee... esse era um tipo de Vinhais que foi deixado no altar pela noiva, e ficou louco, e era muito parecido consigo facilmente, e passou a vestir-se sempre de noivo, e as pessoas chamavam-lhe o "El Cagálon"...

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