Entrevista a Vítor Rua #05 - Dualidade Improvisador / Compositor
De certo modo, sinto que existe, e é bastante grande, uma ligação, ou pelo menos uma interacção entre as duas coisas, uma espécie de um ping-pong entre a improvisação e a composição. Eu acho que a improvisação me é útil na composição. A maior parte das composições para piano ou para contrabaixo que surgem têm a sua origem em improvisações, mesmo até no próprio instrumento – daí que eu até tenho um violoncelo, uma viola, um violino, uma flauta, um clarinete, um saxofone, um piano, etc. Não toco esses instrumentos, mas gosto de os ter, sempre que posso, à mão...
Por exemplo, eu só consigo tocar na oitava mais grave da flauta, mas preocupo-me em comprar livros, para além daqueles de orquestração, em que abordam técnicas avançadas ou diferentes métodos, tanto para a flauta como para outros instrumentos. Às vezes, consigo usar essas técnicas, como por exemplo o whistle multifónico, com sons múltiplos, ou o jet whistle, que é aquele som de assobio em glissando.
Sem comentários:
Enviar um comentário